O caos ímpera na oposição política, o governo não é confrontado com assuntos relevantes de interesse social, económico e\ou cultural, mas com desavenças e intrigas pessoais.
Este esvaziamento de sentido do discurso político, que pouco de político tem, afasta o cidadão da discussão eclética multipartidária que deve ser apanágio de qualquer parlamento democrático.
Como consequência deste esvaziamento de debate da oposição politica que se intersecta com a autocracia "partidária" do partido socialista actual, temos o aumento de uma zona "sombra", fértil em suscitar dúvidas ou hipóteses; de corrupção, favorecimento, colisão interesses público-privado, pressão interna de partido sobre os próprios militantes-em intencões de voto ou tomadas de posicão.
Em suma, o nevoeiro psíquico hoje em dia em Portugal cresce dia-para-dia e com ele um medo no qual o cidadão se sente aprisionado sem o identificar, medo que destroi a accão por ausência de um desejo de anima, accão para com aquilo que o individuo acredita. A força da democracia, do crescimento de um país reside na livre apropriação do espaco público como um espaço de livre circulação de ideias, de debate, e de transformação do pensamento individual, da singularidade em algo maior presente e interpretado por cada um passando a fazer parte do inconsciente colectivo. Deste modo é o agente para a acção - o desejo que está encoberto, adormecido enquanto crescem ervas daninhas e nada se inscreve tudo se detriora numa encerada superfície de mogno.
...Tiago Veloso Dias, 15 de Março de 2008
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